O que fez um alagoano do Vergel ser recebido (e reconhecido) pelo homem mais rico do Brasil?

Agendaa 13 de dezembro de 2018

De um lado da mesa, o alagoano nascido e criado no Vergel do Lago, Carlos Jorge, líder do projeto “Manda Ver”, que atende hoje mais de 200 crianças com ações de educação cidadã e melhoria da qualidade de vida no bairro carente de Maceió.

Do outro, Jorge Paulo Lemann, fundador da Ambev e brasileiro mais rico do Brasil da lista da Forbes, ao lado de empresários Charles Wizard (do grupo Wizard) e outros investidores mediados por Eduardo Lyra, da ONG Gerando Falcões, que escolheu a organização alagoana como uma das primeiras franquias sociais do grupo.

O encontro improvável, que ocorreu em um edifício corporativo no bairro do Itaim-Bibi, em São Paulo, foi uma espécie de reconhecimento dos resultados atingidos pela ONG alagoana desde que ela passou a ser apoiada e a seguir a metodologia da Gerando Falcões.

“Somente duas horas antes da reunião, fui informado de que teríamos a oportunidade de sermos recebidos por Jorge Paulo Lemann e outros patrocinadores masters da Gerando Falcões”, diz o alagoano Carlos Jorge. “Confesso que chorei e ainda estou anestesiado com a recepção que tivemos por conta dos números que alcançamos”.

Na prática, o encontro serviu para referendar o projeto e aumentar a meta de atendimentos de crianças de 212 para 400 em janeiro de 2019, com oficinas de balé, jiu-jitsu, futebol, coral (e, em breve, também de pintura e percussão). Além de atendimento psicológico, pedagógico e até de enfermagem para as crianças da região.   

“Uma das grandes vantagens da associação do projeto Manda Ver com o Gerando Falcões é poder contar com uma metodologia clara com metas e indicadores de desempenho”, diz Fábio Farias, representante do Maceió Hostel e um dos conselheiros do projeto em Alagoas. “Isso não apenas confere mais credibilidade ao projeto, como garante mais eficiência em programas com um impacto real e positivo na vida de centenas de crianças invisíveis até mesmo para o Estado, já que muitas nem sequer tinham certidão de nascimento ou outro documento para ter acesso à cidadania”.

Nesta quarta, graças ao trabalho do Manda Ver, ao menos uma delas conseguiu ter acesso aos maiores líderes empresariais do país.