Doce de caju de Ipioca vira patrimônio imaterial de AL

Agendaa 12 de dezembro de 2013

O tradicional doce de caju de Ipioca foi registrado como patrimônio de natureza imaterial de Alagoas. Comercializado em calda, cristalizado e na versão “caju-ameixa”, a receita da sobremesa tem sido repassada de geração a geração na comunidade de Ipioca.

O registro foi aprovado com unanimidade pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), em reunião na última quarta-feira (11). O pedido para que o doce se tornasse um bem imaterial foi encaminhado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult) em 2012, fruto de uma ação coletiva envolvendo alunos e a professora Josemary Ferrare, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Ufal.

De acordo com a professora, a produção do doce sempre foi marcante na região, mas hoje é reduzida a poucas famílias devido à dificuldade de adquirir o caju. Josemary explica que, após as conhecidas “matas do caju” se tornarem propriedade privada, os fabricantes têm comprado a matéria-prima de outros estados, e a preços altos. “É um saber tradicional, que não podemos deixar morrer”, comentou.

Após os trâmites burocráticos, o registro será homologado com publicação no Diário Oficial de Alagoas e inscrição no Livro do Patrimônio Imaterial de Alagoas, na categoria ‘Saberes’. 

A partir de agora, o modo de saber fazer do doce de caju em Ipioca terá seu reconhecimento oficial como manifestação da diversidade cultural do estado.

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