Charme no beco: cafeteria dá nova vida à travessa no Jaraguá

Agendaa 27 de novembro de 2019

A ligação da arquiteta Silvana Braga de Góes com o bairro do Jaraguá é antiga.

Não apenas seu pai trabalhou no bairro, como um dos seus irmãos mantinha até pouco tempo por lá seu escritório de advocacia.

Talvez por isso, após largar o serviço público no Estado e na Prefeitura, Silvana não hesitou em abrir seu próprio negócio no número 45 da mesma Rua Rocha Cavalcante — na verdade, um beco que sai da rua Barão de Jaraguá (próximo da lanchonete Cadilar, do Seu Moacir), até a Rua Sá e Albuquerque na altura da Associação Comercial.

Assim nasceu há um mês o Café do Porto, uma homenagem não apenas ao Porto do Jaraguá que deu origem ao bairro (o café está cheio de fotos, mapas e referências históricas da área), como da cidade do Porto, em Portugal, de onde vieram os ancestrais de sua mãe, Virginia Braga de Goes, que até falecer em 2009 sempre preparou com esmero os quitutes para os 10 filhos.

Como Silvana era uma das filhas mais próximas da mãe na cozinha, os lanches, doces e salgados do Café do Porto são inspirados em receitas da Dona Virginia.

No cardápio, além das variedades dos cafés (expresso, capuccino, frapês, preparados com grãos do Sul de Minas), há opções de lanches como sanduíche tricolor (à base de vegetais, por R$ 9,50), porção de bolinhos de bacalhau (6 unidades, por R$ 18), empadas recheadas (de queijo do reino, frango, palmito e até vegana, por R$ 4,50 cada), além das brusquetas de mussarela de búfala da foto em destaque (porção com 6 unidades, por R$ 18,50). E apesar de não servir pratos para almoço, a casa oferece lanches reforçados como Beirute de Tapioca e uma sopa do dia (como de creme de brócolis com charque, às segundas, e abóbora com carne de sol, às terças).

Para beber, além dos cafés, refrigerantes e sucos, há até cerveja (Heineken, em lata, R$ 7, e long neck R$ 9) e até taça de vinho do porto – que pode acompanhar doces, biscoitos e até caramelos de chocolate vendidos na casa.

Ainda que não espere mais as filas e movimento intenso durante a Bienal, Silvana diz que vai persistir no negócio no bairro que sempre amou. “Espero que o público continue a aparecer para apreciar um café, um lanche e a arquitetura de um bairro histórico que merece ser visitado com mais constância”, diz a proprietária, que decidiu abrir o café antes mesmo do recente decreto de incentivos fiscais da Prefeitura para estimular a reocupação do bairro histórico.

Com espaço para 26 pessoas, o Café do Porto abre de segunda a sexta, das 10 às 19h, e no sábado das 14h às 20h.

É só pegar o beco.