Casa Cor Alagoas prova que é possível aliar sofisticação e sotaque regional

Agendaa 26 de março de 2014

Quando a Casa Cor anunciou, ano passado, que faria a sua primeira edição em Alagoas, houve quem demonstrasse certa dose de ceticismo quanto ao desempenho da mostra em Maceió.

A primeira dúvida era quanto à adesão dos grandes nomes – já que a Casa Cor requer não apenas investimento financeiro, como de tempo, muito tempo, de profissionais que já costumam trabalhar com prazos apertados. Ainda no ano passado, essa dúvida foi demolida com adesão recorde de 79 profissionais, entre os melhores do Estado.  

A última dúvida era sobre se a edição alagoana conseguiria apresentar projetos originais que representassem o melhor da identidade da arquitetura local – e não apenas ambientes comerciais.

Desconfiança que também foi demolida nesta terça-feira quando as portas da Casa foram abertas com exclusividade aos profissionais de imprensa – a exposição abre oficialmente para o público nesta sexta-feira.

Distribuídos em uma área de 16 mil metros quadrados nas antigas instalações do Colégio Batista, no alto do Farol, os 48 ambientes da Casa Cor Alagoas surpreenderam não apenas pela sofisticação dos projetos, como pelo sotaque regional. Em quase todos eles, por exemplo, é possível conferir a presença de obras de artistas da terra como Maria Amélia Vieira, Dalton Costa, Daniela Aguilar, Rogério Gomes e João da Marinheira, além de peças e móveis criados por designers e arquitetos de Alagoas, como Osvaldo Tenório, Tiago Angeli, Ricardo Leão, Rodrigo Ambrósio e Felipe Sarmento.

Outro destaque foi a busca de soluções arquitetônicas adequadas ao clima local com a presença de materiais naturais, plantas, espaços arejados e clarabóias para o aproveitamento da luz natural. A própria localização da Casa Cor, no alto da cidade, cercada de varandas e jardins com vista privilegiada, reforça o DNA regional da mostra servindo como uma espécie de resgate dos mirantes que marcaram a paisagem urbana de Maceió.

 

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