Economia alagoana cresceu quase o triplo da média brasileira em 2017; entenda aqui

Agendaa 13 de junho de 2018

Enquanto o PIB do Brasil cresceu apenas 1% em 2017, Alagoas teve variação positiva de 2,94% – quase o triplo da média nacional no ano passado.

Ao menos esses foram os dados divulgados nesta quarta (13) pela Secretaria do Planejamento, Gestão e Patrimônio do Estado de Alagoas que realiza, anualmente, a estimativa do PIB do Estado com base em metodologia semelhante à do IBGE.

De acordo com os dados apresentados pelo secretário Fabrício Marques, o crescimento da economia do Estado foi impulsionado pelo desempenho do setor agropecuário, que cresceu 19% ano passado no Estado, e do setor de serviços, com destaque para o comércio, em que Alagoas teve uma variação positiva de 7,7%, a segunda maior do país na área.

Apesar de a cana-de-açúcar continuar a ser responsável por mais de 47% do peso da produção agrícola, os indicadores mostram uma perda de 21% na produção do setor em 2017.

Enquanto isso, culturas como a da laranja tiveram variação positiva de 20,5%, já representando 7,14% do valor da produção agrícola, seguida pela Mandioca (6,87%) e coco-da-Bahia (6,04%).    

Já o setor industrial (incluindo o setor da indústria de transformação, como as usinas) teve queda de 3,89% em 2017, tendo entre seus destaques negativos também o setor de construção civil, com queda de 8% em 2017 – que já vinha de uma queda de 9% em 2016.

Como o setor industrial, contudo, tem um peso menor na economia alagoana do que em outros Estados do Nordeste, o bom desempenho no setor agropecuário e a do comércio, mantida também pela relativa estabilidade fiscal (que não afetou o a regularidade no pagamento dos funcionários), fez com que a variação positiva do PIB alagoano em 2017 tenha superado a de Estados como Pernambuco, com crescimento estimado de 2%, do Ceará, com 1,87%, e da Bahia, com 0,40%.

O crescimento projetado do PIB em 2017 de 2,94% é o maior desde 2014, quando o PIB alagoano teve crescimento de 4,8%, seguido de queda de (- 2,9%), em 2015, e de (-3,13%), em 2016.