Queda da economia alagoana em 2020 foi menor do que a brasileira; veja o que amorteceu o baque
Publicado em 30 de Abril de 2021
Rede varejista de atacado em Maceió: auxílio emergencial minimizou queda de vendas em 2020
Enquanto o Produto Interno Bruto do Brasil (soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos pela economia do país) tombou 4,06% em 2020, o PIB de Alagoas teria tido uma queda bem menor ano passado: -1,56%.
Ao menos essa é a estimativa preliminar anunciada nesta sexta pela Secretaria Estadual de Planejamento, Gestão e Patrimônio do Estado, a Seplag, com base nos indicadores disponíveis até o momento.
De acordo com a estimativa, o setor de serviços, que representa cerca de 70% do PIB, foi o mais afetado pela pandemia e pelas medidas restritivas com queda de -1,88% no Estado (enquanto no Brasil a queda no mesmo setor foi de -4,46%). A estimativa de queda do setor industrial em Alagoas foi em 2020 de -0,74%, enquanto no país o acumulado foi um tombo de -3,48%.
Já na agropecuária, a produção em Alagoas foi no sentido oposto ao da média brasileira.
Enquanto o país teve um crescimento médio gerado no campo de quase 2% (1,96%), os dados usados pela Seplag como base em indicadores do IBGE revelaram que a agropecuária teve queda no Estado de -0,78% -- influenciada diretamente pelos dados disponíveis relacionados à cana-de-açúcar, cuja produção teria caído -14,46% em 2020.
Como os dados dessa queda acentuada na produção de cana são discrepantes, por exemplo, com os números do próprio sindicato do setor em Alagoas (que indicou estabilidade na safra do ano passado), o secretário de Planejamento Fabrício Marques disse que uma possível revisão na base de dados do setor pelo IBGE pode futuramente amortecer ainda mais a queda do PIB no Estado.
“Se for constatado que não houve, de fato, essa queda acentuada na produção de açúcar, a estimativa de queda do PIB poderia ser revisada de -1,56% para -0,9%”, diz o secretário.
Com base nos dados apresentados, fica claro que a queda do PIB alagoano em 2020 só não foi maior graças a dois fatores.
O primeiro foi o crescimento de segmentos como o da construção (incluindo obras públicas e privadas), que fez o setor crescer 6,96% mesmo em ano de pandemia.
Já o segundo fato foram, claro, os R$ 4 bilhões injetados na economia alagoana via o auxílio emergencial - sem o qual o impacto no comércio, que caiu 3,9% em função das medidas restritivas, teria sofrido um tombo muito mais acentuado.
Comparado com outros Estados do Nordeste que também fazem previsões do PIB, a estimativa de queda do PIB de Alagoas (-1,56%) ficou bem próxima da prevista em Pernambuco (-1,35%), mas bem abaixo da estimativa de queda do Ceará (-3,56%) e da Bahia (-3,36%).
Ou seja: o auxílio emergencial e a construção serviram como air bags que evitaram um dano muito maior.
Secretário de Planejamento Fabrício Marques (à direita) e superintendente Thiago Ávila: crescimento da construção (pública e privada) também minimizou queda
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