Cemitério vertical e primeiro crematório acirram disputa pelo “mercado do luto” em Alagoas

Agendaa 30 de junho de 2021

Ecomemorial: primeiro cemitério vertical na região da Massagueira será aberto ainda em julho 

 

Trata-se de um dos poucos mercados com demanda certa e constante — e que, até pouco tempo, não tinha muitos concorrentes em Alagoas.  

Nos próximos dias, o chamado mercado de luto (ou “death care”, para os que os que preferem anglicismos) será alvo de dois grandes lançamentos no Estado: a chegada do Ecomemorial, primeiro cemitério vertical de Alagoas, fruto de investimento do Grupo Eco, já consolidado em Pernambuco, e a inauguração do primeiro crematório de Alagoas, do Grupo Parque das Flores, líder privado do mercado de luto no Estado à frente de dois cemitérios em Maceió (Parque das Flores e Memorial Parque), além de unidades em Palmeira dos Ìndios e  Arapiraca.

O novo cemitério Ecomemorial, localizado às margens da AL 101 (na região da baixa Massagueira, antes da Praia do Francês), será aberto ainda neste mês de julho como o primeiro a trazer ao Estado o conceito de cemitério vertical, considerado menos danoso ao ambiente pelo fato dos sepultamentos não serem realizados no solo —  e, sim, em estruturas de gavetas (lóculos) separadas em pavimentos e com sistemas tecnológicos de vedação que impedem a saída dos gases de necrochorume. 

“Além de suprir a carência de jazigos no Estado e facilitar o acesso das famílias em uma hora tão delicada, queríamos ser pioneiros em Alagoas nesse novo conceito e uso de tecnologia já aplicada pelo grupo em cemitérios verticais em Recife e em Caruaru”, diz Eduardo Carvalho, diretor operacional do Grupo Eco. 

Enquanto a empresa se prepara para o lançamento do novo cemitério, o grupo Parque das Flores, com quase 50 anos de história no Estado, planeja inaugurar até o próximo mês de agosto o primeiro crematório de Alagoas. O crematório será localizado no cemitério Memorial Parque, no Benedito Bentes, e contará não apenas com espaços como a “sala de despedida”, como também com uma ala reservada para o depósito das cinzas, os chamados columbários.

No Brasil, o mercado do luto ganhou recentemente o noticiário econômico quando o grupo privado gaúcho Cortel, que administra cemitérios em vários Estados do Brasil, fez no final do ano passado uma solicitação à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) para realizar a abertura de seu capital na Bolsa de Valores (B3). Apesar do grupo gaúcho ter suspendido o pedido de abertura de capital em março passado, o movimento despertou a atenção de grandes grupos investidores.