Fundo de Nova York investe 75 milhões de dólares em empresa alagoana de tecnologia

Agendaa 31 de agosto de 2017

Trata-se do maior investimento já realizado por um grupo internacional em uma empresa de tecnologia nascida em Alagoas – e um dos maiores do Nordeste.

O Cartesian Capital Group (CCG), empresa com sede em Nova York de private equity (fundo de investimento global focado em ações de empresas em notável crescimento), acaba de firmar um acordo com a operadora alagoana de telecomunicações Aloo Telecom, com sede em Maceió, para investir US$ 75 milhões (R$ 230 milhões) na companhia até 2021.

Deste valor, cerca de US$ 22 milhões de dólares já foram aportados na empresa fazendo com que o Cartesian Capital passe a ter uma participação minoritária no grupo alagoano (a porcentagem exata da participação não foi divulgada para evitar especulações em torno do valor da empresa). O investimento permite a Aloo Telecom consolidar sua posição como a maior do setor no Norte-Nordeste e acelerar sua estratégia de expansão nacional para conquistar o mercado corporativo de transmissão de dados de alta velocidade no país.

Fundada em 2003 com capital inicial de apenas R$ 130 mil, a empresa experimentou um rápido crescimento na região Nordeste do Brasil com operações em quase todos os estados, incluindo Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará. Com o aporte do fundo norte-americano, a empresa contará com capital para estender seus serviços em novos pontos em São Paulo, Brasília, Mato Grosso, Rondônia, Minas Gerais e Espírito Santo.

“O investimento permite focarmos o atendimento da Aloo Telecom em todo o Brasil”, diz Felipe Cansanção, que fundou a empresa com o sócio alagoano Sérgio Brito . “Nesse processo, também fizemos questão de manter a sede da empresa em Alagoas”.

Mais do que um movimento natural no setor, o investimento revela o potencial das empresas de tecnologias locais que, além dos desafios do mercado, têm que lidar muitas vezes com um ambiente hostil de negócios em seu próprio Estado. Esse é o caso da própria Aloo que, após vencer licitação para prestar serviços ao governo ainda na gestão do Secretário de Ciência e Tecnologia Eduardo Setton, passou a ser alvo posteriormente do Instituto de Tecnologia em Informática e Informação, o Itec, com a mudança da gestão na secretaria.  

_galeria_aqui_