Liderada por empresária de AL, associação de conscientização sobre AVC ganha destaque nacional
Publicado em 29 de Outubro de 2021
Guilherme e Solange Syllos, fundadores da Ação AVC: trabalho de conscientização reconhecido nacionalmente (foto Arnaldo Medeiros)
“Dona Solange, o Guilherme está com uma dor de cabeça muito forte”.
Quando a empresária Solange Syllos recebeu a ligação, no dia 17 de dezembro de 2007, de uma funcionária de casa informando sobre a dor de cabeça do filho (Guilherme Syllos, então com 24 anos), ela sabia pouco sobre o Acidente Vascular Cerebral, o AVC – muito menos sobre os riscos de um jovem ser vítima do mal súbito, associado quase sempre a pacientes idosos.
Após uma dura jornada ao lado do filho em meio à desinformação (que gera atraso no diagnóstico, agravando as sequelas), cirurgia, aos dias de UTI e longos meses em busca de recuperação de ao menos parte das funções perdidas (Guilherme saiu do hospital sem andar, falar e escrever), a empresária decidiu transformar a dificuldade em ação para que outras famílias não precisassem enfrentar o mesmo processo sem informações básicas sobre o mal súbito e sobre os caminhos em busca de acesso de tratamentos de recuperação.
Nascia assim a Ação AVC, organização alagoana sem fins lucrativos filiada à entidade mundial World Stroke Organization (WSO) que, 12 anos após sua criação, se tornou referência no tema para além de Alagoas.
Além de promover ações locais de conscientização (como a Exposição “Histórias Que Inspiram”, sobre a trajetória de quatro jovens que superaram o AVC no Estado, encerrada nesta sexta, Dia Mundial do AVC, no Maceió Shopping), a Ação AVC foi convidada a promover um workshop no Congresso AVC 2021, o mais importante evento nacional sobre o tema, no próximo dia 12 de novembro - sendo a primeira associação regional a contar com uma programação própria no evento.
“Nossa missão é atuar não apenas no compartilhamento de informações e suporte às famílias envolvidas, como também estimular os os hospitais alagoanos na adoção de protocolos mais eficazes no diagnóstico e tratamento precoce", diz Solange Syllos, presidente da entidade, destacando que diversos hospitais vem se mobilizando na implantação de unidades específicas para o tratamento do AVC, com um programa do Estado que é inédito no país.
Conhecido também popularmente como “derrame cerebral”, o acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando problemas na irrigação sanguínea do cérebro causam a morte das células, o que faz com que partes do cérebro deixem de funcionar devidamente. Existem dois tipos principais de AVC: isquêmico, causado pela interrupção da irrigação sanguínea, e hemorrágico, causado por uma hemorragia – tendo como sintomas principais a incapacidade de mover ou de sentir um dos lados do corpo, dificuldades em compreender ou em falar, sensação de que os objetos em volta se movimentam ou perda de um dos lados da visão.
“Não é à toa que a campanha mundial deste ano tem como lema 'minutos podem salvar vidas´”, diz a empresária. “Como muita gente ainda não compreende que jovens, adolescentes e crianças também são vítimas de AVC, muitas vezes os primeiros sinais são negligenciados ou associados erroneamente a outras doenças”, diz Solange, lembrando que a entidade conta com apoio em Alagoas de médicos, fisioterapeutas e das coordenações dos cursos de Medicina para programas que dão suporte a famílias de vítimas de AVC de várias idades, inclusive crianças.
Quatorze anos após a ligação que mudou a vida de toda sua família, Solange continua tendo no filho Guilherme, hoje aos 38 anos, sua principal inspiração para a superação do AVC. Designer gráfico, fotógrafo, cromoterapeuta e criador de mandalas, Guilherme hoje dirige, mora só, reconquistou grande parte de sua autonomia – além, é claro, de ajudar a mãe a tornar a Ação AVC ainda mais forte dentro e fora do Estado.
Para mais informações sobre como ajudar a Ação AVC, clique no site da entidade aqui.
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