Empresários do turismo defendem a reabertura da Ematur, extinta há quase 20 anos

Agendaa 27 de novembro de 2018

Quando a Empresa Alagoana de Turismo (Ematur) foi criada, em 1971, Alagoas estava longe de ser um destino turístico nacional de peso e praias como as de Ponta Verde e Jatiúca ainda eram de acesso difícil em meio a estradas de areia cercadas por sítios de coqueiro.

Já na década seguinte, nos anos 1980, o trabalho da Ematur via promoção de eventos e divulgação do turismo em Alagoas em grandes jornais e revistas de circulação nacional (décadas antes da Internet), transformou o Estado em destino obrigatório dos pacotes de turismo das agências nacionais – com ajuda da inauguração de empreendimentos hoteleiros pioneiros como o Alteza Jatiúca (atual Jatiúca Resort, aberto em 1979) e do Hotel Ponta Verde. 

Extinta no ano 2000, quando a pasta de Turismo ganhou status de secretaria estadual (incorporada hoje à de Desenvolvimento Econômico), a antiga Ematur pode voltar em breve a existir, ainda que em outro formato.

Ao menos essa é a intenção dos empresários do setor de turismo em Alagoas que defendem a (re) criação de uma empresa de turismo com mais agilidade às ações do setor.

“Até pelo formato mais flexível, acreditamos que a criação de uma empresa de promoção poderia ser mais eficiente nas políticas de promoção do destino, já que vivemos em um cenário de mudanças constantes no setor”, diz Milton Vasconcelos, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH Alagoas).

O empresário Glenio Cedrin, da rede de hotéis Tropicalis e presidente do Conselho do Maceió Convention Bureau, também defende a adoção do modelo. “A criação de uma empresa de promoção de turismo pode dar, sim, uma resposta mais ágil as demandas do segmento”, diz Cedrin. O empresário, contudo, adverte que, antes da criação da empresa, é preciso definir antes como será a dotação orçamentária. “Para isso, é necessário também definir com clareza quais serão as fontes de financiamento para que a empresa possa implementar suas políticas”.

Agora resta saber se o governo acatará a proposta.