Maceió pode se transformar em “Natal Luz do Nordeste”, avaliam turistas

Agendaa 8 de janeiro de 2019

Acredite.

Até 1986, a cidade de Gramado tinha dificuldades em atrair visitantes no período de Natal e fim de ano, auge do verão, em um destino até então associado apenas ao período de inverno.

Naquele ano, contudo, a prefeitura e empreendedores locais decidiram mudar o cenário apostando em um trabalho de iluminação e decoração natalina da principal avenida da cidade (Borges de Medeiros), agregando também atrações musicais e desfiles.

Resultado: somente nesta temporada, a programação que viria a ser batizada como “Natal Luz” tornou-se um fenômeno que deve atrair cerca de dois milhões de pessoas a Gramado.

E se depender dos turistas que desembarcaram em Maceió em dezembro, a iluminação de Natal no trecho da Orla (entre Pajuçara e Cruz das Almas) aliada às apresentações de folguedos regionais têm tudo para, por que não, tornar nossa capital reconhecida como a cidade do Natal Luz do Nordeste.

Ao menos é essa a avaliação da maioria dos clientes atendidos por duas das maiores empresas de receptivo do Estado: a WS Receptivo, comandada por Waldir Silva (responsável pelo receptivo da CVC em Alagoas), e a Luck Receptivo, comandada por Alejandro Velasquez.

A pedido de AGENDA A, as duas empresas indicaram quais foram os destaques positivos e negativos mais citados pelos turistas no mês de dezembro em Maceió. Apesar de cada representante da empresa repassar os destaques individualmente, a iluminação, a programação de folguedos (Natal dos Folguedos) e a segurança na orla (presença da polícia ostensiva) foram os três pontos positivos de maior destaque apontados pelos clientes das duas empresas. 

“Além de impactados com a iluminação da orla, a programação gratuita de apresentações dos folguedos natalinos foi um dos destaques mais citados positivamente por nossos clientes em dezembro”, diz Waldir Silva, da WS Receptivo. “A possibilidade de complementar um dia na praia com uma programação cultural na orla no fim de tarde deixou boa parte dos turistas encantados”. 

Para Alejandro Velasquez, da Luck Receptivo, o impacto da programação dos folguedos e da iluminação sobre o turismo foi tão positivo que a Prefeitura deveria investir mais na divulgação das atrações. “Foi um diferencial tão marcante que merecia, inclusive, uma maior divulgação externa”, diz Alejandro Velasquez. Sobre a iluminação, Velasquez sugere que, no próximo ano, a prefeitura também faça concursos ou crie novas formas de estímulo para que os edifícios privados também invistam na iluminação. “Se o investimento na iluminação pública já fez diferença, imagine o que aconteceria caso os edifícios residenciais e comerciais da orla recebessem algum estímulo para investir na iluminação?”

De acordo com os representantes dos dois receptivos, a presença das rondas da Polícia Militar e pontos da Oplit na orla também foram citados pelos turistas como destaque positivo. “Como 80% dos nossos clientes se hospedam em hotéis da orla de Maceió, a presença de policiamento para garantir a segurança foi apontada e elogiada pelos nossos clientes como um diferencial da cidade”.

Entre os aspectos negativos mais apontados pelos turistas das duas empresas, estão velhos problemas como o das chamadas línguas-sujas na orla (com mais reclamações entre os hóspedes de hotéis entre a Jatiúca e Cruz das Almas), abordagem excessiva e agressiva de ambulantes e prestadores de serviços informais (do desembarque no Aeroporto ao assédio de vendedores na Praia do Francês) e, claro, um dos itens que mais diferenciam Maceió de cidades como Gramado: a pobreza e abordagem de famílias com crianças nas ruas pedindo esmolas em restaurantes, supermercados e outros pontos de movimentação dos turistas.

 

Foto Pei Fon/Secom

 

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