Startup de scooter elétrica desembarca em Alagoas prometendo mobilidade sem poluição

Agendaa 29 de janeiro de 2020

Nem motocicletas com motores de combustão e baterias tradicionais, nem patinetes ou bicicletas elétricas.

De olho nos consumidores de cidades médias que buscam soluções de mobilidade sem poluição – e sem abrir mão do conforto –, a startup Voltz desembarca no mercado alagoano nesta quinta apostando na venda de modelos de scooters elétricas com bateria portátil de lítio de autonomia de até 60 quilômetros e velocidade máxima de 60 km por hora.     

Fundada em 2017 por Renato Villar, diretor geral da principal revendedora de peças e lubrificantes para motocicletas do Nordeste, a P2M, a Voltz chega a Alagoas como parte do plano de expansão da startup que já tem presença nos mercados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e chega no próximo mês a São Paulo, Bahia e Ceará.

“Queremos vender 12 mil motos neste ano e atingir um faturamento de R$ 118 milhões”, diz Renato Villar, que fez várias viagens à China e outros países em busca de modelos mais adequados à realidade brasileira. “Até hoje no mercado chinês predominam as scooters que utilizam baterias de chumbo ácido e precisam ser carregadas na garagem. No Brasil não funcionaria, primeiro pela infraestrutura dos prédios e, segundo, pela qualidade dos produtos”, diz.  

O resultado foi o modelo batizado como Voltz EV1, que sai por R$ 9 mil, tem motor de tecnologia europeia (da marca alemã Bosch), carenagem fabricada e montada na China e bateria portátil de lítio para que o cliente brasileiro possa carregá-la em casa ou no trabalho.  

A Startup nordestina, que se inspira em modelos de negócios como o da Tesla (com venda online e exposição em showrooms), disponibilizará modelos de scooters para “test ride” em Maceió a partir desta quinta, em showroom no Maceió Shopping, no bairro de Mangabeiras.

De acordo com a empresa, o modelo que chega a atingir velocidade máxima de 60 quilômetros é o primeiro na categoria a receber certificação do Denatran e contará com uma rede de assistência de baixo custo – já que a mecânica do modelo contaria apenas com 100 peças, enquanto uma scooter comum teria mais de 600. Ainda de acordo com a empresa, a carga completa de bateria (que leva cerca de quatro horas) custa em média menos de R$ 1 (segundo o custo médio kilowatt/hora da Agência Nacional de Energia Elétrica) e a velocidade máxima é de 60 quilômetros.