De Marechal Deodoro à China: empresa alagoana de mel e derivados chega ao mercado asiático
Agendaa 10 de novembro de 2021
No início deste mês, um lote de 24 mil produtos saídos de uma empresa sediada em Marechal Deodoro chegou às prateleiras de um pavilhão de produtos brasileiros na cidade de Yiwu, Leste da China, sede do maior complexo de vendas de atacado do mundo.
Trata-se da primeira exportação da linha de mel da marca alagoana Beeva que, em menos de dois anos de fundação (em 2020), já conquistou presença nas gôndolas de grandes redes de varejo do país e de Alagoas (do Pão de Açúcar ao Palato, do Sam´s ao Mundo Verde) e agora faz sua primeira experiência no mercado internacional.
“Estamos felizes em expor um produto de alta qualidade de Alagoas em um dos maiores complexos de comércio do mundo”, diz Jatyr Oliveira, CEO da Beeva, que nasceu no Estado tendo como uma de suas principais missões fomentar uma cadeia produtiva sustentável de apicultura com foco no semiárido de Alagoas e de todo o Nordeste.
Para atingir essa meta, além da unidade de processamento de mel (com quatro tipos de biomas da Mata Atântica e da Caatinga), Extrato de Própolis e própolis em pó encapsulado, o grupo sediado em Marechal Deodoro conta também com um centro de inovação e com o Instituto Beeva, voltado para fomentar a produção de mel de apicultores na Caatinga.
Até o momento, cerca de 90% do mel envasado na sede da empresa vem de produtores do semiárido do Ceará e da Mata Atlântica da Bahia, mas o instituto da empresa já conta com produtores de cidades no Sertão de Alagoas e vem ampliando essa participação com oferta de cursos e orientação técnica para produtores em cidades como Piranhas, Pão de Açúcar, Palestina, entre outras.
“Nosso principal desafio é orientar os produtores para um manejo adequado que preserve as características do mel de cada florada específica, para que ele não seja misturado ao de outras e possa preservar suas características”, diz Jannyne Barbosa, à frente do Instituto Beeva.
Com o primeiro lote de mel exportado para a China, a empresa aguarda agora com expectativa como será a aceitação do produto num dos maiores entrepostos comerciais do mundo.
“Nossa unidade foi projetada para ter uma capacidade de produção dezenas de vezes acima da atual, o que nos dá tranquilidade para atender um aumento da demanda”, diz Jatyr Oliveira. “Apesar de querermos, claro, expandir nossa produção, nosso principal foco continua a ser agregar valor à apicultura unindo tecnologia, inovação e respeito ao meio ambiente e aos produtores familiares”.