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Nesta quinta, às 19h, o Arte Pajuçara exibe “Legalidade”, filme que narra um dos momentos no Brasil em que alguns grupos decidem que respeitar a Constituição passa a ser “inconveniente”.

Foi o que aconteceu logo após a renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, quando um grupo de militares tentou impedir que o então vice-presidente eleito, João Goulart, do PTB (naquele tempo podia-se votar em um presidente de uma chapa e em um vice de outra), assumisse o cargo, como mandava a Constituição.

Como Jango, para piorar, estava fora do país em visita à República Popular da China, assumiu a presidência o então presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzili, enviando uma mensagem ao Congresso de que os três ministros militares manifestaram-lhe a “inconveniência” do regresso de Goulart ao Brasil.

É aí que entra em cena o então governador do Rio Grande do Sul, e cunhado do Jango, Leonel Brizola, que convoca a população em defesa da legalidade da posse de Jango dizendo aos jornalistas que, desta vez, “não darão o golpe por telefone”.

O golpe, como se sabe, viria três anos depois não por telefone, mas com tanques e tropas no que muitos chamam saudosamente de Revolução de 1964 – inclusive o atual presidente, que jamais chegaria à presidência não fosse esse mesmo direito ao voto garantido pela Constituição - que muitos ainda consideram inconveniente.

Após a exibição do filme, que mescla os fatos históricos com um fictício triângulo amoroso formado entre Cecília (Cleo Pires), Luis Carlos (Fernando Alves Pinto) e Tonho (José Henrique Ligabue), o diretor do longa, Zeca Brito, participará de um debate com o público.

Serviço

Sessão com Debate “Legalidade”, com presença do diretor Zaca Brito

Data, hora e local: nesta quinta (19), às 19h, no Centro Cultural Arte Pajuçara