Com quatro prêmios nacionais, alagoano de 15 anos se torna promessa do balé clássico
Agendaa 11 de agosto de 2014
Definitivamente, 2014 foi um ano especial para o bailarino alagoano Emerson Mateus, de 15 anos.
Em apenas três meses, ele conquistou o primeiro lugar em nada menos que quatro competições nacionais. A última delas foi o do Festival de Dança de Joinville, no final de julho, quando o jovem dançou o grand pas de deux (dueto entre os principais bailarinos) do balé francês “La Fille mal Gardée”, em dupla com a bailarina paulista Giovanna Ferrari.
Natural de Rio Largo, onde ainda mora com os pais, Emerson treina quase três horas diárias na Companhia de Balé Eliana Cavalcanti como bolsista, e já é tido como uma das promessas nacionais do balé clássico por professores e especialistas da área.
Em entrevista a AGENDA A, Emerson falou sobre como descobriu a dança no Estado, dos seus ídolos e dos planos para ter uma carreira como bailarino profissional.
Como você descobriu o balé em Rio Largo?
Desde pequeno, amava dançar. Apesar de nunca ter visto balé, passava horas com minha mãe vendo programas de música e dançando na sala de casa. Quando tinha seis anos, surgiu um programa do governo em Rio Largo que oferecia aulas de teatro e balé. Fui o único menino a fazer o teste e fui aprovado, mesmo sem saber ainda o que era a dança.
Quando você veio treinar em Maceío e como é sua rotina hoje?
Dois anos depois, o meu professor em Rio Largo, Cláudio Souza, começou a dar aulas em Maceió e eu o acompanhei. Ele encerrou as atividades na sua escola, mas me incentivou a estudar na Companhia Eliana Cavalcanti, onde estudo como bolsista. Treino quase três horas por dia depois da escola (Emerson estuda no Cepa), a partir das seis e meia da noite. Mas quando se aproxima de uma apresentação, o treino é mais puxado. Antes do Festival de Joinville, por exemplo, treinava o dia inteiro em São Paulo com a minha parceira de dança, mesmo nos dias de jogo da Copa. Foram 42 dias de treino intensivo até o dia da apresentação.
Em qual companhia de dança nacional você sonha integrar futuramente?
Meus planos já são para daqui a três anos. Quero participar de audições para a São Paulo Companhia de Dança, a maior do Brasil, com ajuda dos meus professores Thaís Affis e Guilherme Oliveira. Lá fora, meu sonho seria entrar para a Bolshoi, de Moscou, o American Ballet, de Nova Iorque, ou a Royal Ballet, na Inglaterra.
Quem é o seu maior ídolo no balé?
Difícil escolher apenas um. Admiro a bailarina cubana Alicia Alonso, o brasileiro Thiago Soares, que acabou de entrar para a The Royal Ballet, em Londres, a russa Natalia Osipova, do Royal Ballet, o cubano Carlos Acosta, entre outros outros.
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