Cineasta que fez filme sobre Delmiro Gouveia em Alagoas morre aos 83 no Rio de Janeiro
Publicado em 23 de Fevereiro de 2022
Geraldo Sarno (acima) e cena do filme Coronel Delmiro Gouveia, sobre a saga do empreendedor em Alagoas
Nesta terça (22), morreu aos 83 anos, no Rio de Janeiro, o cineasta baiano Geraldo Sarno, vítima de complicações da Covid-19.
Sarno, que se projetou no início da carreira com o filme Viramundo, em 1965, um retrato sobre a migração dos nordestinos a São Paulo, dirigiu mais de 17 filmes até 2020, quando lançou Sertânia, sua última obra.
Em 1978, Sarno lançou uma de suas maiores produções: o longa “Coronel Delmiro Gouveia”, com várias locações em Alagoas, sobre o empreendedor que montou sua fábrica de fiação em pleno sertão e foi pioneiro no uso da energia da Cachoeira de Paulo Afonso.
Sarno também contou com um elenco de peso na época que incluía nomes como do ator alagoano Jofre Soares (no papel do Coronel Ulisses Luna) e de Rubens Falco, no papel de Delmiro – ator que na época era um dos mais populares do país por seu recente papel como o vilão Leôncio na novela Escrava Isaura.
Geraldo Sarno fez também parcerias com cineastas alagoanos, como Werner Bagetti, codiretor do longa Cavalo, que escreveu com o cineasta baiano o roteiro do filme “Tudo Isto Me Parece um Sonho”, misto de documentário e ficção lançado em 2008 sobre a vida do general Abreu e Lima, pernambucano que lutou ao lado de Bolívar nas batalhas de independência da Colômbia, Venezuela e Peru.
“Sarno era um intelectual do cinema, um filósofo da imagem, um professor. Aprendi bastante com ele e ainda tive a honra de dividirmos o prêmio (candango de melhor filme e roteiro) no Festival de Brasília”, diz Werner Bagetti. “Nosso último encontro foi no Festival de Tiradentes, na estreia de Cavalo, que ele fez questão de assisitir no mesmo festival em que lançou Sertânia, verdadeira obra prima”.
Veja abaixo reprodução do filme Coronel Delmiro Gouveia.
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