Ave símbolo de Alagoas tem primeiro filhote reproduzido em zoológico no mundo; veja imagens

Agendaa 28 de outubro de 2015

Pose imponente, bico vermelho e branco, cauda com um par central de penas negras e o restante com a ponta marrom.

Esse é o Mutum-de-Alagoas (de nome científico Mitu mitu), uma das raridades da mata atlântica de Alagoas considerada em extinção desde a década de 1970.

Nesta terça-feira, contudo, o zoológico Parque das Aves, no Paraná, anunciou o nascimento do primeiro filhote da espécie reproduzido em zoológico no mundo.

A instituição, que tem um programa de reprodução em cativeiro da espécie, abriga algumas dos 230 indivíduos criados em cativeiro no país, a maioria em reservas de Minas Gerais.

Até 2016, um projeto entre o poder público e a iniciativa privada deve trazer de volta a Alagoas a ave, mais precisamente para a Usina Utinga Leão, em Rio Largo, onde está sendo construído um parque dedicado ao bicho. Depois de criadas em cativeiro, as aves devem passar por um processo de reintrodução na natureza. O projeto prevê ainda o desenvolvimento de um programa de educação ambiental e reflorestamento das matas para soltura do Mutum – que deve ser feito pela Universidade de São Paulo (USP).

Os primeiros registros da espécie foram feitos pelo pesquisador alemão George Marcgrave, no século XVII, quando veio ao Brasil durante o período da invasão holandesa. Ao longo dos anos, o animal desapareceu por conta da caça predatória e o desmatamento para o plantio de cana – e somente em 1981 foi redescoberto em Alagoas e levado para criadores particulares em Minas Gerais, onde teve sua população aumentada.

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